Trump não vai deportar trabalhadores do setor agrícola

Segundo dados do Ministério do Trabalho, quase metade dos dois milhões de trabalhadores da agricultura não tem situação legal

Uma das principais promessas feitas por Donald Trump durante a sua campanha eleitoral foi deportar imediatamente todos os imigrantes ilegais. Afectará também milhões de trabalhadores na agricultura e na indústria alimentar. Portanto, agora as organizações de agricultores e as estruturas governamentais apelam a que seja aberta uma excepção para estas pessoas.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, quase metade dos dois milhões de trabalhadores da agricultura não tem situação legal. O mesmo se aplica a um grande número de trabalhadores em matadouros e centrais leiteiras. Isto significa que uma deportação em massa abalaria toda a cadeia alimentar e levaria ao aumento dos preços dos alimentos, segundo os especialistas.

Portanto, os governadores do Arizona e do Novo México já anunciaram que não cumprirão as ordens de Trump. De acordo com Katie Hobbs e Michelle Grisham, tais medidas só prejudicarão as suas comunidades.

As organizações de agricultores também solicitaram exceções, lembrando que houve exceções durante o primeiro mandato de Donald Trump. E depois houve acções contra os migrantes ilegais que trabalhavam nos matadouros, mas mesmo assim os que trabalhavam no sector alimentar não foram expulsos.

Até o momento, não há posição oficial sobre o assunto por parte da comitiva do recém-eleito presidente. De acordo com as palavras do novo chefe da polícia de fronteira, Tom Howman, no entanto, os deportados serão principalmente pessoas com antecedentes criminais e aqueles contra os quais já foram emitidas ordens efetivas para deixar o país.

Há resistência às deportações em massa nas fileiras dos Republicanos. O deputado John Duarte, dono de uma quinta na Califórnia, salienta que as quintas ali dependem fortemente de imigrantes ilegais. Por isso, sugere que essas pessoas, que estão no país há mais de 5 anos e não têm antecedentes criminais, não sejam obrigadas a sair.

Jonas Arantes

Jonas Arantes

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