A RETA partilhou o seu progresso com agentes da Finlândia interessados em promover projetos de incubadoras agrícolas, num seminário conjunto com o espaço de testes agrícolas de Rufea (Lleida), o Réseau National des Espaces-Test Agricoles – RENETA (França), o espaço de testes agrícolas Essor Maraicher (França) e Die Agronauten (Alemanha). Além disso, foram dados os primeiros passos para continuar a tecer redes a nível europeu.
Nos dias 5, 6 e 7 de março de 2024, realizou-se uma nova reunião no âmbito do projeto Erasmus+, depois das realizadas em Toulouse (França) e Berlim (Alemanha). A última foi realizada em Helsínquia (Finlândia), onde houve um seminário, vários encontros e uma visita de campo, tudo coordenado pela cooperativa finlandesa Oma Maa, parceira do projeto.
O objectivo das actividades propostas era partilhar as experiências de ‘incubadoras agrícolas’ a nível europeu com agentes finlandeses interessados em promover o alívio agrário geracional. Assim, o evento central foi o seminário realizado na quarta-feira, 6 de março, no Auditório Lapinlahden Lähde (Helsínquia). A audiência incluiu representantes do Ministério da Agricultura da Finlândia, da Universidade de Helsínquia, Grupos de Acção de Líderes Locais e profissionais do sector privado, onde cada um dos parceiros do projecto explicou as suas experiências e desafios futuros.
O seminário começou com a apresentação de Jean-Baptiste Cavalier, coordenador da RENETA, definindo as características de um espaço de testes agrícolas, e o modelo de rede francês. A seguir, Gil Mercader, da RETA, explicou a origem e evolução da rede, focando nas características e na situação dos espaços de testes agrícolas em Espanha, além de apontar o processo liderado pela ARCA em torno da coesão dos espaços de testes agrícolas em Catalunha. Em seguida, Claudette Formantin, coordenadora do espaço de testes agrícolas Essor Maraicher, explicou como funciona, assim como Joan Muntané, do espaço de testes agrícolas Rufea, que descreveu o contexto, como o espaço de testes agrícolas foi concebido e como está sendo implementado. Por último, Peter Volz, do Die Agronauten, partilhou a situação na Alemanha e expressou a necessidade de criar redes que permitam o desenvolvimento de novas ‘incubadoras agrícolas’. Após uma rodada de perguntas e uma discussão em grupo entre os participantes finlandeses, foram compartilhadas dúvidas gerais e possíveis próximos passos. O povo e as organizações finlandesas demonstraram grande interesse nos modelos apresentados e decidiram criar grupos de trabalho para sensibilizar para a necessidade de projectos de ‘incubadoras agrícolas’ e sua promoção.
Após o seminário, na quinta-feira, 7 de março, foram organizadas reuniões e uma visita de campo. O objetivo das reuniões foi planejar a colaboração entre entidades de diferentes países. Se uma coisa ficou clara no seminário é que, embora os diferentes países tenham contextos muito diferentes, os problemas relativos ao funcionamento das ‘incubadoras agrícolas’ e ao apoio geracional agrícola partilham muitos pontos em comum. Isto pôde ser constatado com a visita à exploração agrícola de Oma Maa, uma cooperativa do modelo CSA (Community Supported Agriculture), onde partilharam a operação agrícola da exploração bem como os desafios presentes e futuros que enfrentam.
Por fim, na quinta-feira, 7 de março, o encontro foi encerrado expondo a necessidade de manter a colaboração e a vontade de trabalhar com um plano de ação conjunto, pois são percebidas sinergias positivas tanto para os projetos ‘fazendas’ incubadoras mais consolidadas, quanto para aquelas apenas começando.
INFORMAÇÃO E FOTOGRAFIA: ASSOCIAÇÃO RETA