Remover algumas folhas de tomate não deve ser um fim em si mesmo




Um grande número de jardineiros apoia a ordem “ideal”. Eles removem todas as folhas inferiores do tomate, principalmente aquelas que mudaram de cor – amarelaram ou apresentam manchas escuras. Esse procedimento é importante, mas não deve ser um fim em si mesmo, pois ao invés de beneficiar, pode prejudicar o desenvolvimento das plantas.

A opinião de produtores e especialistas sobre a retirada das folhas do tomate (quanto e quando) pode ser mais de uma e até diferente. Para algumas variedades, esse procedimento dá um impulso adicional à formação de novas inflorescências, e isso tem seus prós e contras: se a formação das inflorescências foi fraca, então é bom deixá-las, mas caso contrário, removemos, porque elas vão causar uma carga adicional nas plantas.

Quando e por que retirar parte das folhas do tomate?

Nunca devemos ter pressa em remover as folhas inferiores. Se as plantas ainda estiverem fracas, em vez de beneficiar, podemos causar danos.

Um quadro comum é quando, após o plantio do tomate em local permanente, ele começa a crescer e se desenvolver rapidamente. Então as folhas inferiores mais velhas mudam de cor, ficam amarelas e secam. Isso não deve nos assustar, pois o motivo é o envelhecimento mais banal. Todas as folhas são fonte de alimento tanto para as raízes quanto para as folhas jovens, principalmente as pontas. Os defensores da remoção precoce das folhas dizem que elas também absorvem nutrientes e assim descarregamos as plantas. Se ainda estamos convencidos da necessidade de uma remoção mais precoce, devemos começar pelas localizadas no lado norte das plantas.

Quando as plantas ainda estão fracas, qualquer estresse adicional (remover cada folha as estressa) afetará negativamente o seu desenvolvimento. As folhas velhas dão alimento, escurecem gradativamente e morrem, mas isso não deve nos assustar e causar ansiedade. É importante cuidar daqueles que estão nos níveis médio e superior. São eles que devem ser protegidos e nutridos.

Podemos retirar as folhas inferiores quando os frutos do primeiro cacho estiverem totalmente formados, de tamanho normal e começarem a amadurecer.

As folhas do nível inferior devem ser constantemente observadas e devemos abordar cada uma delas detalhadamente, mas nunca esquecendo que são necessárias às plantas.

Muitas vezes as folhas inferiores tocam o solo, o que, por sua vez, as transforma em ponto de trânsito para diversas doenças. Existe uma grande quantidade de patógenos na superfície do solo, o que torna as plantas indefesas e, durante as regas, chuvas e oscilações de temperatura, a probabilidade de propagação de infecções torna-se ainda maior.

Os ataques de tripes e outras pragas não devem ser negligenciados. As folhas afetadas por tripes apresentam manchas e linhas brancas, mas é preciso procurar inseticidas adequados. Remover as folhas não vai ajudar, só vai enfraquecer ainda mais as plantas.

Como remover corretamente as folhas de tomate?

Para a boa condução do procedimento, vários fatores devem ser levados em consideração:

– a primeira retirada das folhas pode ser feita após a formação do primeiro cacho, e melhor ainda quando os frutos atingirem o tamanho normal (devem ser levadas em consideração as características varietais), retirando apenas 1-2 folhas;

– após 2-3 dias, ocorre a próxima etapa, mas no máximo duas folhas;

– as folhas devem ser separadas uniformemente, não permitindo traumas nas plantas e o estresse será mínimo.

Não é recomendável realizar o procedimento em: mau tempo, à tarde, tarde da noite, após chuva ou rega, pois a probabilidade de ocorrência de infecções é alta.

Vale lembrar que deve haver pelo menos duas folhas acima de cada cacho de frutas, caso contrário a movimentação dos sucos nas plantas fica prejudicada.

Remover algumas folhas de tomate não deve ser um fim em si mesmo

Jonas Arantes

Jonas Arantes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *