Não subestime as moscas do milho!




Foto: sinor.bg

Na segunda parte, sobre o tema das moscas do trigo, cujas larvas atacam as culturas da família Gramineae, apresentaremos a mosca do caule do trigo (Chlorops taeniopus), que é uma espécie extremamente perigosa para o trigo, menos ainda para a cevada e o centeio. O inseto adulto é amarelo claro, com uma mancha escura distinta entre os olhos que lembra um triângulo com a ponta para frente. Os olhos da mosca são verdes. Existem três listras escuras longitudinalmente no dorso. Também há listras na barriga, mas são transversais. A mosca atinge um comprimento de 4 milímetros.

O ovo é esbranquiçado, oblongo, com 0,8 mm de comprimento. A larva é cilíndrica, articulada, esbranquiçada com tonalidade amarela. Existem duas verrugas no último membro. As placas da mandíbula têm formato de foice, com um dente na parte interna da mandíbula.

A mosca do caule do trigo tem duas gerações por ano. Passa o inverno como larva de segundo e terceiro ínstar. Esconde-se nos talos dos cereais de outono culturasbem como em gramíneas de trigo selvagem. Na primavera, as larvas transformam-se em pupas nas áreas de alimentação. As moscas da nova geração aparecem em maio e a postura dos ovos ocorre quando o trigo endurece.

A mosca fêmea põe até 150 ovos, depositando-os na bainha que envolve o caule. Desta forma, o lençol vaginal protege a larva recém-eclodida de influências externas adversas.

A larva rói o caule até a base da orelhaenquanto a mordida é direcionada ao último joelho da haste. A larva pupa na rampa roída. A umidade do ar ideal para a vitalidade das pupas é de cerca de 85%. Com umidade abaixo de 30%, a pupa morre.

As plantas infestadas apresentam os seguintes sintomas:

a espiga da planta atacada permanece envolta na bainha;

a haste entre o último joelho e a ponta é fortemente encurtada, um sulco longitudinal corre ao longo dela;

há pele de larva, pupa ou pupa na calha;

os grãos das plantas atacadas são menos desenvolvidos.

Moscas da nova geração decolam durante a colheita e atacam para gramíneas leguminosas perenes. Entre eles passam as condições desfavoráveis ​​do verão.

No final do verão, migram para a auto-semeadura do trigo e, posteriormente, para as plantas germinadas no outono. O período de voo vai do início de julho ao final de outubro. As fêmeas põem seus ovos nas folhas jovens dos cereais, principalmente no trigo. As larvas eclodidas penetram no caule e roem a folha central, que fica amarela. Esta folha amarelada, murcha e retorcida destaca-se das restantes folhas verdes saudáveis.

O ataque em massa de moscas do caule do trigo reduz o rendimento e deteriora-se a qualidade do grão, também da palha. Os grãos têm um teor reduzido de nitrogênio total, amido, etc.

Estudos descobriram que espécies com vespas vermelhas são mais resistentes contra moscas do que trigo contra vespas brancas.

Há evidências de que cultivares de maturação precoce são menos suscetíveis ao ataque da mosca do caule. A mordida e o desenvolvimento larval são diferentes em diferentes variedades. Quanto mais rápido a larva chegar ao local de alimentação, maior será a chance de sobrevivência. Depende de onde os ovos foram postos. (Continua)

Dr. – agrônomo fitossanitário

Não subestime as moscas do milho!

Jonas Arantes

Jonas Arantes

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